Earkick: Terapia ou Autoajuda?
Você já ouviu falar do Earkick? Esse chatbot está causando um rebuliço no mundo da terapia digital, especialmente entre a galera da geração Z. Mas espera aí, nem tudo são flores nesse universo tecnológico! Vem comigo desbravar os altos e baixos desse pandinha de bandana!
Ao mergulhar no mundo do Earkick, você é recebido por um panda de bandana que parece ter saído diretamente de um desenho animado. Não dá para negar, é impossível não se encantar. Mas o que esse amiguinho virtual faz? Bom, ele está a postos para ouvir sobre suas preocupações com ansiedade, e não vai te deixar na mão!
O que torna o Earkick tão especial é que ele oferece aquela simpatia reconfortante que você esperaria de um terapeuta treinado. O panda pode até sugerir uma sessão de respiração guiada ou compartilhar dicas para lidar com o estresse. Só que tem um porém: não ouse chamar isso de terapia na frente dos criadores, especialmente Karin Andrea Stephan, que não curte muito essa ideia.
A questão que fica martelando é: esses chatbots estão realmente prestando um serviço de saúde mental ou são apenas mais uma forma de autoajuda? Com a ascensão da inteligência artificial, essas ferramentas se tornaram uma opção tentadora. Afinal, são gratuitas, disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana, e sem aquele estigma que algumas pessoas associam à terapia tradicional.
Mas espera aí, antes de abraçar essa nova onda, precisamos dar uma olhada nos dados. Por mais que esses chatbots sejam populares, há poucas evidências sólidas de que realmente melhoram a saúde mental. E nenhum deles passou pelo crivo da FDA para provar sua eficácia no tratamento de condições como a depressão.
Então, o que nos resta? Bem, para muitos, esses chatbots podem ser uma ajuda valiosa, especialmente para questões menos graves de saúde mental. E não é só nos Estados Unidos que esses amiguinhos digitais estão fazendo sucesso. No Reino Unido, por exemplo, o Serviço Nacional de Saúde oferece um chatbot chamado Wysa para lidar com estresse, ansiedade e depressão.
Agora, vamos falar da velha confiável, a Woebot. Fundada em 2017, essa empresa já tem história nesse ramo. Mas ao contrário de muitos outros chatbots, ela não usa inteligência artificial para criar conversas. Em vez disso, confia em scripts estruturados escritos por sua equipe.
Mas aqui vai a questão que não quer calar: até que ponto podemos confiar nessas tecnologias? Afinal, elas conseguem reconhecer situações de emergência? E quando se trata de problemas graves, como a depressão, será que não estamos desviando a atenção de terapias comprovadas?
É um terreno complicado, meu caro. E enquanto alguns defendem a regulação mais rígida desses chatbots, outros ainda estão explorando todas as possibilidades. Uma coisa é certa: o mundo da terapia digital está só começando, e ainda temos muitas descobertas pela frente!